Agora são: .Horas e .Minutos - Bem vindo ao Blog Ciências Sempre!

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014


mensagens de natal

     Aos meus alunos e seguidores do blog ciência sempre, um feliz natal e um 2015 cheio de sucessos e realizações. 
     Boas férias, nos encontramos no ano que vem. Abraços!

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

AS RELAÇÕES ECOLÓGICAS

      Os seres vivos se relacionam com o meio, mas também estabelecem relações entre si.
     Essas relações, que podem ser positivas ou negativas para cada individuo, costumam ocorrer entre indivíduos da mesma espécie ou entre indivíduos de espécies diferentes.
     As relações positivas são denominadas harmônicas e as negativas, desarmônicas.
RELAÇÕES ENTRE INDIVÍDUOS DA MESMA ESPÉCIE { COLÔNIAS E SOCIEADES.
RELAÇÕES ENTRE INDIVÍDUOS DE ESPÉCIES DIFERENTES:
·         HARMÔNICAS OU POSITIVAS – MUTUALISMO, PROTOCOOPERAÇÃO, COMENSALISMO E EPIFITISMO.
·         NEGATIVAS OU DESARMÔNICAS – PREDATISMO, PARASITISMO, AMENSALISMO.
RELAÇÕES HARMÔNICAS
     Considera-se relações harmônicas aquelas em que não há prejuízo para nenhum dos seres vivos participantes.
·         COLÔNIAS – São formadas por indivíduos uni ou pluricelulares que vivem ligados fisicamente. Podem ser aquáticos ou terrestres, mas em qualquer ambiente aumentam a proteção de seus indivíduos contra agentes externos.
    Algumas colônias são mais simples e outras, mais complexas. Em algumas há inclusive divisão de trabalho, isto é, indivíduos de uma mesma colônia com funções diferentes. Um exemplo é a caravela, um cnidário marinho.
Caravela, um cnidário marinho.
     Outros organismos que formam colônias são as cianobactérias, muitos protistas, bactérias e fungos.

·         SOCIEDADES – São associações entre seres da mesma espécie.
     Indivíduos que têm capacidade de viver sozinhos formam grupos em que levam vida em coletividade. 
     Numa sociedade é comum a divisão de trabalhos.
     Tomemos como exemplo a sociedade das abelhas. Há três tipos de indivíduos em uma colmeia: rainha, operárias e zangões.
     A rainha é a fêmea encarregada de comandar a colmeia e de deixar descendentes. As operárias também são fêmeas, mas estéreis, ou seja, não são capacitadas para a reprodução. Fazem, entretanto, todos os serviços na sociedade, desde limpar a colmeia e alimentar as pequenas larvas até cuidar da defesa e coletar alimento. Os zangões são os machos. Nada fazem senão fecundar a rainha. Essa é a única e importante função deles.
     Na sociedade das abelhas, o trabalho dividido torna o grupo mais forte. É uma forma de vencer na luta pela vida. Espécies solitárias têm mais dificuldade de sobrevivência.


Colmeia de abelhas


     Veja a seguir relações harmônicas entre indivíduos de espécies diferentes.

·         MUTUALISMO – Esse tipo de relação é benéfico para ambos os organismos, e um não pode viver sem o outro.
     Animais como bois, cabras, girafas e búfalos, por exemplo, apresentam relações de mutualismo com certas espécies de bactérias que se desenvolvem numa parte do seu estomago denominada pança. Tais bactérias digerem um tipo de açúcar, a celulose, presente no capim. Sem a ajuda dessas bactérias, a celulose do capim não pode ser digerida.
     O cupim é um pequeno inseto que come madeira, também rica em celulose, mas ele não consegue digerir essa substância.
     Como, então, o cupim pode se nutrir se não digere o seu principal alimento?
     Há um microrganismo que vive dentro do seu intestino, um protozoário flagelado, que consegue digerir a celulose da madeira. Dessa forma, ocorre uma associação entre o cupim e o protozoário flagelado. O cupim abriga o protozoário e fornece celulose. O protozoário digere essa celulose e ambos são beneficiados. É uma troca de favores e trata-se de uma associação obrigatória, pois os dois não poderiam viver sem esse auxílio.

Liquens sobre o tronco de árvore
     Os liquens resultam de uma associação entre algas unicelulares e certos fungos. Trata-se de uma associação de mutualismo, pois tanto a alga quanto o fungo se beneficiam dela. A alga é capaz de fazer a fotossíntese, enquanto o fungo absorve e retém água com mais facilidade. Graças a isso, locais despovoados muitas vezes são colonizados por liquens, isto é, eles são os primeiros seres vivos a se estabelecer em lugares como esses.   


·         PROTOCOOPERAÇÃO – Também na protocooperação, os dois seres vivos que se relacionam levam vantagem. Mas não é uma relação obrigatória, isto é, os dois associados podem viver separados.
     O paguro é um crustáceo, também conhecido como bernardo-eremita, ou ermitão, que vive dentro de uma concha vazia de molusco para melhor proteger seu abdome mole.
Anêmona sobre paguro 

     A anêmona é um parente da água-viva. Possui, como ela, células urticantes nos tentáculos, com ação paralisante sobre pequenos animais. Vive normalmente fixa nas rochas.
     Uma anêmona pode, ao encontrar um paguro, fixar-se sobre a mesma concha em que ele vive.
     Dessa forma a anêmona passa a ter locomoção gratuita para obter alimento, e o paguro fica mais seguro contra o ataque de outros animais graças à presença da anêmona com seus tentáculos providos de células urticantes.
     O colorido peixe-palhaço vive protegido entre os tentáculos urticantes de uma anêmona-do-mar, aos quais é imune, ao mesmo tempo que atrai outros animais que são devorados pela anêmona.

·         COMENSALISMO – Associação em que um indivíduo se aproveita dos restos dos alimentos de outros sem prejudicá-lo.
     Um exemplo de comensalismo é o do passarinho que se alimenta dos restos alimentares encontrados entre os dentes dos crocodilos que vivem às margens do rio Nilo, na África.
     Outro exemplo é a associação entre o tubarão e um peixe conhecido pelo nome de rêmora.
Rêmora fixada no tubarão

     Esse peixe possui uma ventosa na cabeça, com a qual se fixa no tubarão, com isso, ele se desloca sem trabalho e se alimenta com as sobras deixadas pelo tubarão.










         EPIFITISMO – Forma de relação harmônica entre plantas que se desenvolvem sobre outras sem parasitá-las. É como se fosse uma chance de sobrevivência das plantas de pequeno porte que se estabelecem sobre as grandes árvores em busca de luz e ventilação.
Bromélias sobre uma árvore

    As orquídeas e as bromélias são exemplos de plantas epífitas.
     As orquídeas possuem raízes que se agarram aos troncos altos, funcionando como filtros absorventes e captando a água e sais minerais diretamente do ar sem prejudicar a planta na qual estão instaladas.
     As bromélias, na natureza, absorvem pelas raízes apenas os sais minerais que escorrem, com a água da chuva, ao longo do tronco das árvores onde estão fixadas. A água depositada no centro das bromélias atrai insetos, que se decompõem e fornecem nutrientes à planta.

RELAÇÕES DESARMÔNICAS

     Existem relações em que pelo menos um dos indivíduos leva desvantagem. Nesse caso, a relação não é harmônica. Usa-se a palavra desarmônica para definir essa situação.
     São exemplos de relações desarmônicas: predatismo, parasitismo e amensalismo.

·         PREDATISMO – Na relação denominada predatismo, um ser vivo mata outro pra comer.
Serpente comendo um sapo
    As espécies que se utilizam de outros organismos vivos como alimento são denominados predadores e suas vitimas, presas.
     Uma característica dos predadores é que precisam se deslocar para alcançar as presas, em geral devoradas rapidamente. Por isso eles têm musculatura forte, sistema nervoso bem complexo e os sentidos bem desenvolvidos.

     O canibalismo é um tipo de relação semelhante ao predatismo. A única diferença é que ocorre sempre entre seres da mesma espécie.
     Dois exemplos de canibalismo bem conhecidos são o da aranha viúva-negra e o do louva-a-deus.
Viúva-negra 6
Aranha viúva-negra
     A viúva-negra (fêmea) mata e devora o macho após ser fecundado por ele. O mesmo faz a fêmea do louva-a-deus.

·         PARASITISMO – No parasitismo um animal vive à custa de outro, se possível sem matá-lo. É uma relação diferente do predatismo, pois, enquanto o predador precisa procurar a presas e matá-las, ao parasita normalmente basta achar um hospedeiro e nele ficar, se possível, para sempre, sem necessidade de matá-lo.
Carrapatos. Um Parasita Que Pode Matar.
Carrapato, um ectoparasita
     Os vírus mantêm características de ser vivo parasitando o ser humano, outros animais e plantas. As bactérias patogênicas, isto é, as que causam doenças, também são parasitas. Certos protozoários, como o tripanossomo e a entamoeba, parasitam o ser humano causando-lhe doenças. O primeiro é responsável pela doença de Chagas e o segundo provoca distúrbios digestivos. São também parasitas humanos, entre outros, a lombriga, o ancilóstomo, o esquistossomo e a solitária. Todos endoparasitas.
     Alguns parasitas são externos, como os carrapatos, os piolhos, as pulgas, certos vermes e as lampreias, alimentando-se principalmente de sangue dos seus hospedeiros. 

·         AMENSALISMO – Nesse tipo de relação, uma espécie é prejudicada enquanto a outra não leva nenhuma vantagem com isso. 
Fenômeno da maré vermelha
     Alguns fungos eliminam substâncias que matam bactérias, das quais são fabricados antibióticos. Algas microscópicas – dinofíceas -, sob certas condições nas águas superficiais do oceano, eliminam substâncias que tingem a água e intoxicam peixes e outros organismos. É a maré vermelha.
     Tais substâncias não são eliminadas com o objetivo de “agredir” outra espécie; é o mesmo que acontece quando expelimos nossa urina.

CONTROLE BIOLÓGICO

     Para evitar o envenenamento do ambiente com pesticidas ou agrotóxicos, cujos resíduos podem passar para os alimentos, ou evitar o prejuízo de milhões de reais com o ataque de parasitas à lavoura, podemos combater e eliminar uma espécie nociva lançando mão de outra espécie predadora, parasita ou competidora em relação à primeira.  
     Controle biológico ou manejo ecológico de uma espécie é exterminá-la ou limitar o aumento de sua população sem provocar desequilíbrios ecológicos.
     Exemplos:
·         Plantações de algodão eram atacadas por um inseto chamado bicudo, exterminado pela joaninha, um inseto carnívoro.
·         Peixes larvófagos (que comem larvas) são usados em represas e mananciais para impedir o nascimento dos mosquitos transmissores de várias doenças.
·         Um biocida preparado à base de bactérias serve para eliminar larvas da mosca pium, o borrachudo, nos remansos de água, uma vez que ela permite a oncocercose ou cegueira dos rios, verminose que ataca inclusive o bulbo do olho (denominado globo ocular na antiga nomenclatura).  

   FONTE: Livro de ciências do 7º ano, CIÊNCIAS NOVO PENSAR - SERES VIVOS -
   Autores - Demétrio Gowdak e Eduardo Martins - Ed. FTD. 


    
             


      

Quer saber mais sobre vulcões e sobre terremotos?

terremoto

Confira os posts sobre o assunto! Conheça causas, efeitos e entenda o que são essas manifestações da natureza!
krakatoa.jpg

Vulcões e terremotos

Os vulcões e terremotos representam as formas mais enérgicas e rápidas de manifestação dinâmica do planeta. Ocorrem tanto em áreas oceânicas como continentais, e são válvulas de escape que permitem o extravasamento repentino de energias acumuladas ao longo de anos, milhares ou milhões de anos. Esses eventos são sinais de que, no interior da Terra, longe dos nossos olhos e instrumentos de pesquisa, ocorrem fenômenos dinâmicos que liberam energia e se refletem na superfície, modificando-a. Por outro lado, também existem formas lentas de manifestação da dinâmica interna terrestre. As placas tectônicas, conforme a teoria da Tectônica de Placas, incluem continentes e partes de oceanos, que movem-se em mútua aproximação ou distanciamento, a velocidades medidas de alguns centímetros por ano, assim contribuindo para a incessante evolução do relevo e da distribuição dos continentes e oceanos na superfície terrestre.

Fonte: http://www.ibb.unesp.br/departamentos/Zoologia/material_didatico/prof_marcello/Geologia/Terra_Dinamica

Saiba mais, lendo os posts sobre vulcões e terremotos!

Abaixo, entenda a Escala Richter!

Escala Richter

Escala Richter

Vídeo sobre terremotos e vulcões